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domingo, 28 de junho de 2009


Uma pesquisa com uma bactéria adormecida por 120.000 anos sob o gelo da Groenlândia, anunciada na semana passada por cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia, pode representar um formidável avanço no campo da astrobiologia.

Durante seu confinamento através dos milênios, a bactéria Herminiimonas glaciei permaneceu sob uma montanha de gelo de 3 quilômetros de espessura, com oxigênio escasso e poucos nutrientes, a 56 graus negativos.

Após colherem a bactéria, os pesquisadores a mantiveram durante 11 meses a temperaturas entre 2 e 5 graus positivos. Ao fim desse período, o organismo voltou à vida, se reproduziu e formou uma colônia. Isso significa que podem existir organismos semelhantes em outros planetas nos quais há condições ambientais parecidas também adormecidos.

A capacidade de resistência da Herminiimonas glaciei impressiona por não se tratar de um organismo próprio do gelo. A espécie sobreviveu sob as geleiras por causa de seu tamanho reduzido.

Bactérias não têm ancestral comum, e cada descoberta traz uma combinação de DNA que não existe mais. A descoberta dessas bactérias sob o gelo, poderá trazer descobertas sobre seres que provavelmente não tiveram contato com as formas de vida atuais. Isso nos ensinará muito sobre como a vida se desenvolve em nosso próprio planeta.

Adaptação: Revista Veja 24 de junho de2009.

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